Abstenções de quase cinquenta por cento reflectem o quanto os portugueses se estão a borrifar para as eleições. Não é importante, dirão. Encolhe-se os ombros. A culpa é do frio, e o Cartão do Cidadão, e do Sócrates, e dos mercados internacionais. Eu não voto porque a minha cruzinha, ou falta dela, terá pouco impacto no grande esquema das coisas. Metade da população pensa que não vale a pena, mas é a população inteira que se virá queixar dos governantes, desses malandros. Nessa altura será tarde. Pela inacção, ajudaram a elegê-los. Parabéns. A vossa estadia no sofá custou mais ao país do que o vosso potencial voto.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Tesouro descartável
Há várias coisas que me deixam zangado e desapontado com a Humanidade: a pedofilia, o genocídio, o fanatismo, e gastar dinheiro com produções portuguesas de altíssima qualidade. Como esta, que está neste momento a passar na RTP 1. Para mim não é mau de todo, porque significa que qualquer vómito cinematográfico obtém financiamento mais tarde ou mais cedo. Pode ser que o meu futuro não seja assim tão negro! Tudo o que tenho de fazer é idealizar uma história igual a biliões de outras americanadas, acrescentar personagens superficiais, cenas de acção que fazem adormecer o espectador e montar um trailer cheio de cortes rápidos e música dramática.
Digam-me lá porque é que ninguém liga nenhuma aos produtos audiovisuais portugueses?
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
O poder das estrelas
Escândalos como este acontecem poucas vezes, e há que aproveitá-los: todo o mundo de levantou em protesto, pânico, consternação ou, no meu caso, risota, porque pareceu por momentos que os signos iam mudar. Isto teria óbvias implicações práticas na astrologia, que é aquela ciência exacta que nos diz que hoje vamos ter dores de barriga, ou que devemos ter cuidado com as correntes de ar. Não há razão para alarme: toda a gente poderá manter o seu signo, e as pessoas que fazem vida a sodomizar a inocência e ignorância alheias poderão continuar a usar as constelações na sua actividade fraudulenta. Sempre se safaram das investidas do racionalismo mais básico, claro que se safariam de uma ameaça tão pequena.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
domingo, 9 de janeiro de 2011
Mais um texto mono-parágrafo
Uma reportagem péssima da SIC acompanhou 5 alunos do PIAF, um programa que agarra em miúdos problemáticos que abandonaram a escola e tenta reintegrá-los na escola. Um dos casos mais inacreditáveis é de um rapaz de 17 anos que está há 5 anos em casa, sem ir à escola, porque a mãe “não tinha dinheiro para os livros” apesar de o pai de família ganhar 1350 euros por mês. O rapaz passava as tardes a ver televisão, e agora que regressou à escola está um bocado arrependido. A mãe, um desprezível verme irresponsável, deixou que o filho largasse a escola e ficasse a vegetar em casa, negligenciando a sua educação e o seu normal funcionamento. O jornalista, um desprezível verme com olho para o sentimental e o polémico, utiliza o subtexto da reportagem para culpar o “sistema”, porque a escola não foi a casa do menino arrancá-lo da cama. Uma família permite a destruição e o desaproveitamento de um rapaz de 12 anos por burrice e por irresponsabilidade, e a culpa é do sistema educativo. Se a mãe batesse no miúdo o caso era simples: tire-se a criança daquela casa, que lhe está a destruir a infância. Mas se a mãe não mete o miúdo na escola, a culpa é do ensino português. Criminaliza-se a violência física, passageira, mas não se criminaliza a irresponsabilidade maternal e o abandono escolar provocado pelos pais, provavelmente um dos piores crimes que alguém pode cometer a uma criança nos dias que correm.
O outro Renato, o das cuecas
sábado, 8 de janeiro de 2011
Curto e seco:
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Bronca no universo da bruxaria internacional
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Considerações e conclusões sobre a civilização humana com base no disco encontrado no sub-solo Atlântico do Planeta Azu
Fui criado como um bezerro enjeitado
Mamei em vacas em tudo que tinha leite
E assim deste jeito
Fiquei mal habituado
E passo o dia a mamar
Nos peitinhos da Fofinha
Nos peitos da Cabritinha
Nos peitos da cabritinha
Nos peitos da cabritinha
Ai, nos peitos da cabritinha
Eu gosto de mamar
Ai, nos peitos da cabritinha
Eu gosto de mamar
Só nos peitos da cabritinha
Mamo a hora que eu quero porque a cabrita é minha
Adora luxo e bem-estar
E vai logo preparar
Os peitinhos para eu mamar.
Nos peitos da cabritinha
Eu gosto de mamar
Nos peitos da cabritinha
Eu gosto de mamar
Nos peitos da cabritinha