Aros gostava de ler. Deixou-se influenciar por um certo
livro que lhe falava do tempo. O tempo, dizia-lhe o livro, é relativo: as
coisas acontecem devagar quando nos movemos mais depressa. Aros chocou-se e
chorou. Meteu-se numa nave emprestada e andou a acelerar pelo espaço. Contou os
dias e os cabelos brancos, e reparou que a proporção lhe agradava. Quando
regressou à Terra vinha refeito, mas deu com um bisneto que não reconheceu a
viver em sua casa. Foi até uma árvore e enforcou-se.
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