domingo, 12 de junho de 2011

Samora 2

A semente do menino era quente, e soube-lhe que nem gingas. Já o tinha feito com outros rapazes da vizinhança, mas aquele tinha um sabor especial. Era um daqueles virgens frustrados, pequenos, de óculos, que leva pancada na escola e espreita a prima enquanto toma banho. Coisita pequenina, irrisória, de rápido disparo e flácido retorno ao estado natural. Havia nele uma ingenuidade que deixava Sara fascinada. Não sabia o que estava a fazer, e contava que ela soubesse. Ela sabia, mas fechava os olhos, gemia aqui e ali, elogiava-lhe os gémeos, dizia-lhe coisas inocentes mas que ditas assim, por aqueles lábios, pareciam conversa de sedutora nata. O rapazito estava maravilhado, nem cabia em si. Puxou os calções para cima e começou com a sua ladainha habitual, que a mamã estava à espera, que tinha se correr para casa senão levava. A Sarinha disse que tinha pena de ele ter de se ir embora, porque tinha sido um garanhão. Quereria namorar com ela? O rapazito quase caiu de cima das próprias canelas, e Sara riu-se. Envergonhado, o menino correu porta fora e voltou para casa. A Sarinha deixou-se estar mais um pouco, depois puxou a saia para baixo e foi para a rua correr.

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