quarta-feira, 15 de junho de 2011

Samora 5

Sara fazia furor com toda a facilidade. Havia algo nela que até a mim despertava a mais pura e testosterónica luxúria masculina. Faziam-se de desinteressados, mas todos olhavam para ela quando passava e nessa noite, ao amar as suas esposas, fechariam os olhos e dariam largas à imaginação. Até eu.

Mas nunca o disse a Samora. Isso tê-lo-ia magoado imensamente, além de que com certeza me esmurraria como esmurrava todos aqueles que olhavam para Sara na sua presença. Samora objectivava-a, sem dúvida. Sara era a sua boneca favorita, e penso que ela gostava da sua posição. Um dia apanhei-a a dar-lhe de comer à boca. Morangos. Fiquei absolutamente extasiado e senti que a minha adolescência terminara naquele dia e começara a minha vida de Homem. 

Sem comentários: