Raimundo espevitado
Numa esquina da cidade
Vai de visita às meninas
E pra isso tem idade
“Quero brasileira ou russa
Escanzelada ou roliça”
Diz Raimundo pervertido
Espevitando a chouriça
Uma das mulheres da vida
Que passava entretanto
Viu Raimundo entretido
Apalpando-se a um canto
Espreitou uma, espreitou duas
Espreitou terceira vez
Decidida a interromper
Perguntou com safadês
“Meu menino primoroso
Queres vir dar um passeio?
O que quer que comecemos
Nunca vai ficar a meio”
Raimundo entusiasmado
Sem saber o que dizer
Agarrou-a pelos braços
Deixou tudo acontecer
Visitaram um motel
Enfrascados em bebida
Tropeçando nas escadas
Mesmo a meio da subida
Degrauzinho a degrauzinho
Lá subiram para o quarto
De toda a expectativa
Já estava Raimundo farto
Logo se trancou a porta
E se desligaram luzes
“Calma lá!” gritou a moça
“Tira a pata, não abuses!”
Mas Raimundo entretanto
Com a língua bem de fora
Baixou-lhe logo a saia
E as cuecas sem demora
Mesmo na sombra do quarto
E com grande embriaguez
Raimundo abriu os olhos
E cobriu-se em palidez
Adivinhem lá vocês
A dar corda à cabecinha:
O que é que pendia mole
Da virilha da mocinha?
Uma pista: a moçoila
Operada em Barcelona
Andava a consumir
Doses de testosterona
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