segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Não é preciso um referendo para poder ler este post!

O idiota que liderou o grupinho que trocou a bandeira da Câmara de Lisboa pela bandeira Monárquica estava hoje a ser entrevistado a torto e a direito no aniversário do dia (da Monarquia? Não) da Instauração da República. Numa das entrevistas, um dos seus sérios amigos monárquicos meteu a máscara do Darth Vader (utilizada no vídeo onde vemos o gang a trocar as bandeiras) e armou-se em engraçado atrás do porta voz, fazendo gracinhas enquanto este tentava defender com sarcasmo a sua posição ideológica. Lá atrás, os sérios amigos monárquicos serviam-se de feijoada.

Eu sei que não PEDI a República. Muito menos pedi que houvesse parlamento, que houvesse polícia, que houvesse forças armadas. O povo foi consultado quando alguém se lembrou de instaurar todas estas figuras da autoridade e do Estado? Muito menos foi consultado quando os pais davam lugar aos filhos, independentemente do gosto popular ou da sua eficácia governativa. Fantástica desculpa, esta de “o povo ter de escolher o seu sistema governativo” que os monarcas usam. Escolher o Presidente da República através do sufrágio não é mais democrático que aturar um Rei até ele bater as botas?

De volta ao tema inicial, gostava de lançar a pergunta: se eu decidisse trocar a bandeira da Câmara Municipal da minha cidade por uma bandeira dos piratas ou outra qualquer, isso seria visto como uma gracinha ideológica ou como crime?

Aí está outra coisa que o povo não escolheu: gastar dinheiro do Estado a julgar na justiça os engraçadinhos que andam a trocar bandeiras para aparecerem no Youtube. Mas se houver um referendo que me pergunte se sou a favor de tratar este gang como outro grupo de arruaceiros qualquer, o meu voto é SIM.

.

1 comentário:

Mariana Fonseca Fernandes disse...

Ena, grande revolta.
Acho que tens toda a razão, mas não vi essas entrevistas.

Cumps.