terça-feira, 27 de outubro de 2009

Momento de Poesia: "O Coentro"

Coelho, coelho, coelho
De orelhas levantadas
Pontiagudas almofadas
Rumina calmamente o coentro do almoço

Surpresa das surpresas, claro
Quando do céu azul e claro
Desce o chumbo incandescente

Pontaria certeira, esta
Que envia em linha recta
Recortando a pradaria
Uma bala

Coelho, coelho, coelho
De raiz vegetariana
Cheira agora a carne viva
E a sangue cru e quente

O coentro cai ao solo
Mastigado até metade
O coelho deixou família
O caçador ganhou jantar

.

Sem comentários: