terça-feira, 9 de agosto de 2011

Samora 41


- Guardo tudo – disse-me um dia Samora – caso um dia venha a ser acusado de algum crime. Observe.
Retirou uma caixa de cartão enorme de dentro de uma gaveta e abriu-a em cima da escrivaninha.
- Aleatoriamente… - pôs a mão dentro da caixa e ruminou por entre os pedacinhos de papel. Retirou um, amarelado.
- Veja. Dia 23 de Março, há sete anos atrás, encontrava-me em Vila Franca de Xira, onde adquiri uma napolitana e um sumo de laranja natural num café local de mau gosto: “O Febras”. A menina que me atendeu chamava-se Diana Campos. Veja, veja: Pedido processado por: Diana Campos. Quem será ela? – voltou a pôr o papelinho dentro da caixa e sorriu – Talvez o meu álibi. 

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