Para Samora a questão do sexo estava ligada directamente à necessidade biológica de produzir descendentes. Uma visão quase fundamentalista dos princípios da evolução das espécies. Para Samora, fazer amor era um eufemismo para fecundar mulheres; e como não o podia fazer, por decisão biológica ou voluntária, como preferisse encará-lo, retirar prazer do acto amoroso era um sacrifício. Ao invés de apreciar a dor, que já de si seria uma tara esquisita porém documentada e natural, Samora odiava o prazer. O corpo castrado não retiraria prazer da sua própria incapacidade para gerar filhos. Não podia.
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